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Foto do escritorlucian brum

Debate sobre o Parque Nacional do Albardão terá continuidade


Reunião virtual reuniu a presidência do ICMBio, o deputado Daniel Trzeciak e prefeitos da região


A criação do Parque Nacional Marinho de Albardão, em Santa Vitória do Palmar, alvo de críticas pela comunidade da Zona Sul desde o seu anúncio e após a realização de duas consultas públicas no primeiro semestre, não será efetivada até que estudos mais aprofundados e novas discussões aconteçam. Este foi o principal resultado da reunião virtual conduzida pelo deputado federal Daniel Trzeciak (PSDB-RS) com o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, técnicos do órgão, prefeitos e representantes dos municípios que direta ou indiretamente serão impactados pelo projeto. A conversa aconteceu na tarde desta terça-feira, durante mais de uma hora.


O deputado apresentou ao presidente do ICMBio as dificuldades que a comunidade da Zona Sul enfrentou para se manifestar nas consultas públicas, bastante tumultuadas. Trzeciak também falou do desconforto de alguns ministros de Estado com quem conversou em relação à proposta, por sua natureza restritiva a setores estratégicos, como a pesca, o turismo e a geração de energia eólica. "Queremos transparência. Tem conflitos. A forma até o momento nos deixa desconfortáveis. Queremos entender as intenções do ICMBIo, que são diferentes das intenções da região", afirmou.


Os prefeitos do Chuí, Marco Antonio Barbosa (DEM); de São José do Norte, Fabiany Zogbi Roig (União); do Rio Grande, Fábio Branco (MDB), e de Pelotas, Paula Mascarenhas (PSDB), também se manifestaram e demonstraram preocupação com a forma como a iniciativa está sendo conduzida, sem dar oportunidade ao debate e sem respostas para pontos relevantes, como o impacto econômico e social dos "embargos" que poderão vir a partir dos limites estabelecidos pela área de proteção.


Mauro Pires comprometeu-se em estender o debate e manter o ICMBio aberto ao recebimento das sugestões. Admitiu ainda que o órgão precisa melhorar alguns tópicos. "Queria tranquilizá-los. Não é um bolo feito. É um processo de discussão, não está pronto. Os prazos foram expandidos de forma indeterminada. A decisão é ministerial e presidencial. Nos interessa aprofundar o estudo e não queremos fundar uma unidade com a rejeição local. Mas nossa obrigação é zelar pelo meio ambiente", disse.


O presidente do Instituto convidou o deputado para um novo encontro em Brasília, como forma de manter o diálogo aberto com a Zona Sul.


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